O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços divulgou no início do mês, uma informação importante para a economia nacional: o Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento pelo terceiro mês consecutivo e o Brasil, além de conquistar a 3ª melhor posição na economia, entre os países que compõem o G20[1]*.
A segunda informação tem a ver com os setores da economia que mais contribuíram para o desenvolvimento econômico: indústria de transformação, agropecuária e serviços. E é nesse cenário que vamos falar sobre a profissão de Engenharia de Produção, considerada uma subdisciplina das engenharias.
O coordenador do novo bacharelado em Engenharia de Produção do Senac EAD, Nelis Evangelista, esclarece que o diferencial da formação é integrar processos produtivos, gestão e otimização de recursos. Desse modo, o profissional terá condições de atuar em vários sistemas produtivos, entre os quais: pessoas, materiais, equipamentos e tecnologia.
“Diferente de outras engenharias focadas no desenvolvimento técnico específico (como Engenharia Mecânica ou Civil), a Engenharia de Produção se concentra em melhorar e gerenciar processos produtivos e organizacionais. O curso combina disciplinas de diversas áreas, como matemática, física, economia, administração, logística e tecnologia da informação. A abordagem é holística, focando na integração de processos e na melhoria contínua” esclarece.
Nesse sentido, é importante acrescentar que é uma área multidisciplinar da engenharia, combinando conhecimentos técnicos com habilidades de gestão, economia e otimização de processos. O curso atende pessoas que desejam atuar na interface entre as áreas técnicas e administrativas, com o objetivo de melhorar a eficiência e a produtividade das organizações.
Qual a relação da Indústria 4.0 com a Engenharia de produção?
As tecnologias emergentes, como a IA, IoT, Big Data e Blockchain estão inseridas em quase todas as atividades econômicas e – na Indústria 4.0, um dos principais setores de atuação dos engenheiros de produção -, não é diferente. Os profissionais terão que dominar processos produtivos e de gestão que funcionem com as funcionalidades apontadas.
Por isso, é importante saber o papel de cada ferramenta, tendo em vista que atendem necessidades relevantes em vários segmentos da cadeia produtiva. Na avaliação do coordenador do curso, é preciso priorizar a Inteligência Artificial, Internet das coisas (IoT) e Big Data, já que estão transformando significativamente a profissão, além de oferecerem novas oportunidades e desafios.
A seguir, o especialista explica a aplicação das tecnologias citadas, acompanhe:
– Inteligência Artificial: a IA oferece análises mais rápidas e precisas, permitindo decisões baseadas em dados, em tempo real, melhorando a eficiência e a precisão dos processos produtivos. Além disso, os sistemas com esse recurso ajudam a prever falhas em equipamentos antes que ocorram, reduzindo o tempo de inatividade e aumentando a vida útil das máquinas.
– Robótica e automação: estão substituindo atividades manuais e repetitivas, permitindo que os engenheiros de produção se concentrem em tarefas mais estratégicas, como a otimização de processos e o desenvolvimento de novos produtos.
– Sensores conectados: são dispositivos empregados para monitorar máquinas e processos em tempo real, proporcionando uma visão mais clara e detalhada das operações, o que facilita a identificação de problemas e a tomada de ações corretivas imediatas.
– Internet das Coisas: a IoT tem a capacidade de fazer o rastreamento e gerenciamento eficaz da cadeia de suprimentos, desde o controle de estoque até a logística, aumentando a transparência e reduzindo desperdícios.
– Big Data: tecnologia que permite aos engenheiros de produção, a projeção de modelos de simulação, de modo a preverem o comportamento dos sistemas produtivos, identificando gargalos e oportunidades de melhoria.
Dessa maneira, as empresas que têm grandes volumes de dados de mercado e comportamento do consumidor, podem personalizar produtos, de acordo com as preferências dos clientes, ajustando rapidamente os processos de produção.
“Vale acrescentar que a combinação de IA, IoT e Big Data resulta em fábricas inteligentes, onde os processos são altamente interconectados, autônomos e auto ajustáveis, exigindo que o engenheiro de produção desenvolva habilidades em gerenciamento de sistemas complexos “pontua Nelis Evangelista.