A recente fala do ex-CEO do G4 Educação, Tallis Gomes, gerou uma onda de indignação e posicionamentos por parte de diversas executivas em posição de liderança. Gomes afirmou, no último dia 19/09, que “Deus me livre de mulher CEO”, alegando que essa escolha colocaria o lar e a família em segundo plano. “Esse tipo de declaração, infelizmente, reflete uma visão retrógrada sobre o papel da mulher no mercado de trabalho”, diz Aliesh Costa, CEO da Carpediem RH, que concilia a carreira de sucesso com um casamento estável e duradouro, além da maternidade.
Além de principal executiva da Carpediem, Aliesh é também mãe de três filhos. Ela acredita que a maternidade impulsionou sua empresa e carreira. Não por acaso, a empresa da qual Aliesh é a CEO é, hoje, considerada a melhor em seu segmento de atuação, em todo o país. Isso porque a Carpediem RH foi eleita, em 2023, como a melhor consultoria de RH do Brasil, segundo o conceituado Prêmio Top of Mind.
Segundo ela, lideranças femininas em todo o Brasil têm mostrado diariamente que é possível, sim, conciliar a vida pessoal com uma carreira de sucesso.
“As mulheres são conhecidas por exercer uma gestão mais acolhedora, afetiva e inclusiva e têm, sobretudo, a capacidade inata de pensar e agir em muitas direções ao mesmo tempo, o que se traduz em uma enorme vantagem na tomada de decisões e no gerenciamento de crises”, diz a CEO.
Não se trata de uma questão restrita à representatividade. Aliesh cita estudo da Harvard Business Review, que indica que mulheres que trabalham em cargos gerenciais têm pontuações mais altas do que os homens em doze dos dezesseis principais indicadores de liderança – incluindo colaboração, resiliência, iniciativa e pensamento inovador.
E também, relatório TheReady-Now Leaders da Ong Conference Board, que mostra que as organizações com pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança têm 12 vezes mais chance de estar entre as 20% melhores em desempenho financeiro.
“As lideranças femininas são capazes de promover mudanças profundas e impactantes no ambiente corporativo, impulsionando a inovação, a criatividade e a sustentabilidade”, diz Aliesh. “E também fomentam o equilíbrio nas decisões cotidianas, que levam em conta o bem-estar de cada colaborador, alinhado à performance”, conclui.