Na grande maioria dos casos, sim. Segundo o Dr. Sérgio Lago, dentista e embaixador da S.I.N., o fato do paciente ser portador de doença autoimune (como artrite reumatóide, lúpus, esclerose múltipla, síndrome de Sjögren, etc) não contraindica o procedimento.
No entanto, o Dr. Lago explica que estas condições podem elevar os riscos de surgimento de infecções e problemas de cicatrização. “Nestes pacientes, a imunidade comprometida pode afetar negativamente o processo de osseointegração, que é a integração do implante ao osso”, diz ele. “Como consequência, a resposta imune enfraquecida tem chances de dificultar a recuperação óssea e a cicatrização ao redor do implante, tornando a integração ao osso menos eficaz e mais suscetível a falhas”, conclui.
Portanto, antes do procedimento, é essencial que a doença esteja sob controle. Após a realização da cirurgia, os cuidados são os mesmos que valem para todos os pacientes: é necessário realizar a higiene oral conforme indicação do dentista, evitar traumas na região e manter uma dieta balanceada para auxiliar na recuperação. “Os acompanhamentos regulares pós cirurgia também são fundamentais para identificar sinais de inflamação ou infecção”, alerta o especialista.
Além disso, alguns medicamentos utilizados no tratamento das doenças autoimunes, como corticoides e imunossupressores, têm potencial de interferir no processo de osseointegração. “Por isso é muito importante que o dentista seja avisado sobre todas as medicações em uso e ajustes podem ser necessários antes e depois da cirurgia, para minimizar o risco de falhas”, diz o Dr.Lago.
Por fim, vale reforçar que a interação entre o dentista e o médico responsável é crucial para o planejamento e monitoramento do procedimento, garantindo que a condição autoimune esteja controlada e que os medicamentos não terão influência na cicatrização do implante.