A costela bovina é um dos cortes mais saborosos e tradicionais da gastronomia brasileira, sendo amplamente apreciada em churrascos e pratos típicos. Diferente de carnes macias que podem ser assadas rapidamente, é um corte que exige paciência no preparo e precisa de longas horas de cozimento para atingir seu ponto ideal. No churrasco, pode levar de 6 a 12 horas para ficar no ponto perfeito, dependendo do método utilizado.
No Rio Grande do Sul, a costela é um dos cortes mais apreciados no churrasco. A tradicional ‘costela fogo de chão’ é um método de preparo típico da cultura gaúcha, onde a carne é assada lentamente, espetada em estacas inclinadas próximas ao fogo, podendo levar mais de 8 horas para atingir a textura ideal.
Mas não precisamos estar na região Sul para apreciar uma boa costela. O Boteco São Bento, reconhecido por sua tradição na capital paulista, inaugurou em julho de 2024 uma unidade em Santo André, no bairro Jardim e entre os destaques do cardápio, o prato batizado de ‘Costela do Pecado’ tem atraído a atenção dos frequentadores locais. A costela bovina é temperada e assada por 12 horas na brasa da churrasqueira, acompanhada de mandiocas cozidas na manteiga de garrafa.
“A denominação ‘Costela do Pecado’ sugere uma experiência gastronômica tão indulgente e irresistível que seria comparável a cometer um pecado. A expressão enfatiza o caráter tentador e a qualidade excepcional do prato, convidando os clientes a se entregarem a essa tentação culinária, explica Ronaldo Camelo, sócio do Grupo Saints, responsável pelo Boteco São Bento.
Entenda algumas razões para explicar o sabor do corte e a preferência nacional:
1. Presença de colágeno
Maior concentração de colágeno que traz sabores ricos e uma textura suculenta que penetra na carne, tornando-a mais agradável ao paladar.
2. Ossos como fonte de sabor
As carnes próximas ao osso são consideradas mais saborosas, porque quando cozidas por longos períodos, liberam compostos que intensificam o sabor.
3. Proteção térmica
A carne junto ao osso cozinha mais lentamente devido à proteção térmica que o osso oferece. Esse cozimento mais gradual permite que os sabores se desenvolvam com mais intensidade, além de preservar a suculência do corte.
4. Proximidade com o tutano
Em alguns cortes, o tutano presente no interior dos ossos contribui diretamente para o sabor. Durante o cozimento, o tutano derrete parcialmente, liberando óleos e nutrientes ricos, que são absorvidos pela carne.