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O carnaval pode deixar mais que saudades? Entenda os riscos da ‘doença do beijo’

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O Carnaval é uma das celebrações mais animadas do ano, mas, em meio à euforia dos bloquinhos e festas, esconde-se um risco pouco discutido: a mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como “doença do beijo”. A Dra. Taisa Malaman, cirurgiã dentista e harmonização orofacial, reforça a importância de conscientizar sobre essa enfermidade, que pode transformar momentos de diversão em complicações prolongadas.

Causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), a mononucleose se propaga principalmente pelo contato com saliva, transformando hábitos típicos da folia – como beijar múltiplos parceiros, compartilhar copos, talheres, batons e etc. – em oportunidades para o vírus se espalhar. Segundo a Dra. Taisa, o grande desafio está no período de incubação assintomático, que varia de quatro a seis semanas. “Isso significa que uma pessoa pode contrair o vírus durante os dias de festa e só perceber os primeiros sintomas semanas depois, quando a energia do Carnaval já se dissipou”, explica.
 

De acordo com ela, os sinais da mononucleose costumam ser confundidos com os de uma gripe forte, mas evoluem para quadros mais complexos. Sintomas como fadiga debilitante, febre alta e persistente, dor de garganta intensa acompanhada de placas brancas, inchaço de gânglios no pescoço e axilas e, em casos graves, aumento do baço e do fígado são muito comuns para essa doença. “Essas complicações exigem repouso absoluto e a suspensão de atividades físicas, já que esforços excessivos podem levar a rupturas no baço, situação que demanda intervenção médica imediata”, alerta.

Embora não exista um tratamento específico para combater o vírus, a Dra. Taisa destaca que a recuperação depende de cuidados essenciais: descanso adequado para permitir que o organismo se fortaleça, hidratação constante para auxiliar na eliminação de toxinas e abstinência de álcool para não sobrecarregar o fígado, já comprometido pela infecção. Ela ressalta que a orientação de um profissional de saúde é fundamental não apenas para confirmar o diagnóstico – feito por meio de exames de sangue –, mas também para monitorar possíveis complicações, como inflamações secundárias ou reações imunológicas.

Para quem não quer abrir mão da diversão, mas deseja minimizar os riscos, a médica enfatiza que a prevenção é a melhor estratégia. Evitar compartilhar objetos de uso pessoal (como copos, garrafas e maquiagens), higienizar as mãos com frequência após tocar em superfícies de locais públicos e optar por alternativas ao beijo na boca são medidas simples que reduzem drasticamente a exposição ao vírus. Além disso, ela recomenda manter o sistema imunológico fortalecido, com alimentação balanceada e sono adequado antes da folia, como forma de evitar infecções oportunistas.
 

Como dentista, Dra Taisa Malaman defende que informação clara é a base para escolhas conscientes. “Se a ideia for curtir o Carnaval sem preocupações, é bom evitar compartilhar itens pessoais e lembrar que o beijo na boca também pode trazer riscos!”, conclui a especialista.

Instituto Simetrí
Seg. á qui. – 10h ás 19h
Avenida Eusébio Matoso, 403, Butantã, São Paulo SP, 05423-180, Brasil

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