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Ativistas fazem rapel em viaduto de SP pelo fim das gaiolas para porcas grávidas

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Ativistas da causa animal desceram de rapel no Viaduto da Sumaré neste domingo (6), em São Paulo, usando máscaras de porco e segurando cartazes que pediam o fim das gaiolas de gestação. A ação foi realizada pela ONG Sinergia Animal e direcionada à Aurora Alimentos, terceira maior produtora de carne suína do Brasil, denunciando práticas controversas em sua cadeia de produção.

No alto do viaduto, ativistas abriram uma faixa com os dizeres: “Aurora Alimentos: Produção Baixo Nível!”. A mensagem faz referência à recente edição do relatório Porcos em Foco, que avalia e classifica o progresso em bem-estar animal das maiores empresas de suinocultura do país. A Aurora ficou entre as piores colocadas por não ter banido completamente o uso de gaiolas de gestação para porcas grávidas em novas unidades e ainda permitir o corte de orelhas, um procedimento doloroso realizado sem anestesia ou analgesia em leitões recém-nascidos.

“É lamentável que uma empresa desse porte ainda permita práticas que causam tanto sofrimento aos animais em sua cadeia de produção. Na ação de hoje, descemos simbolicamente como o nível de bem-estar da Aurora Alimentos para expor a realidade às centenas de pessoas que passavam embaixo do viaduto”, comparou Cristina Diniz, diretora da Sinergia Animal no Brasil. 

Milhares de porcas no Brasil, conhecidas como matrizes, gestam os milhões de leitões usados anualmente para abate pela indústria da carne. As fêmeas reprodutoras são comumente mantidas em gaiolas de metal por semanas ou meses, praticamente imobilizadas, sem espaço para caminhar ou sequer se virar. A prática causa intenso sofrimento físico e psicológico aos animais, sendo banida no Reino Unido, na Noruega e em diversos países. Já os leitões enfrentam uma série de mutilações nos primeiros dias de vida, como o corte de orelhas — um procedimento ultrapassado feito para identificação dos animais. 

A Sinergia Animal cobra que a Aurora adote métodos mais éticos e assuma um compromisso público de acabar com o corte de orelhas e banir totalmente as gaiolas de gestação em novas unidades, nos moldes dos já adotados por suas principais concorrentes, BRF e JBS. “A Aurora impacta a vida de mais de 7,6 milhões de animais por ano e tem a responsabilidade de evoluir para um sistema de produção mais ético, atendendo aos anseios de consumidores cada vez mais conscientes. O mercado está mudando e, infelizmente, a Aurora está ficando para trás”, argumentou a diretora.

A ação integra uma campanha nacional lançada em 2024. A organização busca diálogo direto com a Aurora Alimentos, propondo soluções viáveis para eliminar essas práticas de sua cadeia de produção. 

Para saber mais, acesse: www.AuroraFazPior.com 

Vídeo > https://drive.google.com/file/d/186g__Ne6yhF66er56-hYa258EMPEfmhb/view?usp=sharing&t=28

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