O Museu da Energia de São Paulo está de portas abertas com uma nova exposição: “Energia e Transformação”, que resultou na remodelação de todas as salas expositivas do Museu, com exceção da área de exposições temporárias, e que aborda um panorama de mais de 150 anos da história da energia na capital e no estado, com espaços para temáticas científicas, como as diferentes fontes, processos, alternativas e tendências futuras do setor.
Além disso, a exposição promove uma reflexão sobre o uso dos recursos naturais e da água e as relações entre sociedade, energia e meio ambiente. “Energia e Transformação” é destinada a todos os públicos e poderá ser visitada de terça a sábado, das 10h às 17h. O projeto foi viabilizado com apoio do Programa de Ação Cultural (ProAC) do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas.
Visitando a exposição
Uma das inovações da exposição inédita fica no piso térreo: o espaço “As Memórias do Casarão” apresenta os diferentes usos que o imóvel centenário, que abriga o museu, teve ao longo do tempo, como residência, escola e uma das primeiras ocupações de grupos em luta por moradia no centro da capital nos anos de 1980. Já nos andares superiores, a exposição traz as temáticas principais do museu, abordando o uso da água e energia ao longo da história da transformação urbana da capital e da Grande São Paulo a partir do século 19 até os dias de hoje.
A mostra parte dos tempos do lampião a gás, que marcam a passagem de uma cidade colonial para urbana, introduzindo o visitante às transformações da capital paulista no século 19, com a implantação da iluminação pública. Há também uma sala dedicada à virada do século 19 para o século 20, apresentando as mudanças impulsionadas pela energia e o transporte elétrico a bondes na capital.
Na mostra, também é possível acompanhar as mudanças na paisagem de 1910 até os anos 1950, a expansão da mancha urbana da cidade em novos bairros, com importantes obras como o Projeto Serra, que alterou, por exemplo, o curso natural do Rio Pinheiros, bem como a construção de grandes hidrelétricas geradoras de energia no estado a partir dos anos 1950, com seus impactos na paisagem, fauna, flora e para as populações.
O final do percurso apresenta a transição entre história e ciência, destacando a pluralidade das pessoas responsáveis pelos avanços científicos, além de abordar, de forma lúdica e didática, os diferentes tipos e processos da geração da energia. Espaços instagramáveis também compõem a mostra, para que o público possa interagir e tirar fotos como se estivesse nas ruas de São Paulo nos finais do século 19 ou dirigindo um bonde elétrico nos anos 1910.