A Baco Pizzaria se une à corrente de solidariedade com as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul: parte do valor arrecadado com a venda das pizzas do festival “A Pizza com a Cara do Brasil” será revertida em donativos para os desabrigados.
Os sabores especiais estreiam em 20 de maio e ficarão disponíveis até 5 de junho, nas duas unidades da Baco (Asa Sul e Asa Norte de Brasília), além da Casa Baco do Casa Park. O festival comemora os 25 anos da Baco, uma das 20 melhores pizzarias da América Latina.
Uma das coberturas solidárias foi criada pelo chef gaúcho Marcos Livi, do Parador Hampel, em São Francisco de Paula, na Serra Gaúcha. A pizza combina sabores do Sul do Brasil: linguiça blumenau, queijo colonial, abóbora cabotiá assada, pesto de pinhão e manjerona cristalizada.
Marcos Livi (Paulo Vitale)
Marcos, que também comanda restaurantes e bares em São Paulo, é quem vai coordenar a distribuição dos donativos. A renda será entregue ao projeto do chef Ricardo Dornelles, de Porto Alegre, que montou uma rede de 12 cozinhas solidárias para atender à população afetada pelas chuvas.
“Essa pizza vem carregada de significado e valor. Estou trazendo do Sul um pouco de cabotiá, pinhão, linguiça blumenau, queijo colonial e manjerona. Fico honrado pelo convite de Gil Guimarães para participar dessa iniciativa e contribuir com essa causa tão nobre”.
A outra pizza do festival tem a assinatura do chef Paulo Machado, divulgador da cozinha pantaneira e colunista da rádio CBN de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O ingrediente principal da cobertura é a picanha de sol lampinada ‒ nome dado, nas fazendas do Pantanal, ao corte da carne em lascas de tamanho irregular.
Paulo Machado (Sergio Coimbra)
Além da picanha de sol, a pizza de Paulo leva pesto de erva mate, molho de tomate, mozzarella de búfala e tomatinhos amarelos e vermelhos.
“Tive a honra de ser convidado pelo chef Gil Guimarães para criar uma pizza que represente o nosso querido Pantanal e dessa forma contribuir para fazer a diferença na vida de pessoas que estão precisando tanto. Convido a todos que estiverem em Brasília a se juntarem a nós e participarem desse momento de sabor e solidariedade”, comenta Paulo Machado.
Ambas as pizzas, com 8 fatias, custam R$99.
Fundada em 1999, a Baco Pizzaria foi listada entre as 20 melhores pizzas da América Latina na premiação do 50 Top Pizza, em abril, no Rio de Janeiro. É também a pizzaria de Brasília com melhor colocação no ranking internacional.
O chef Gil Guimarães decidiu antecipar para maio os sabores de Marcos Livi e Paulo Machado, que estavam programados para o mês de junho. “É muito importante participar da ajuda ao pessoal que foi desalojado pelas chuvas”, diz o proprietário da Baco. “Como o Marcos é gaúcho e está militando na arrecadação de doações, a antecipação se tornou uma urgência.”
A receita de Marcos Livi leva linguiça blumenau, pesto de pinhão, queijo colonial, abóbora assada e manjerona cristalizada (Rafael Facundo)
A cobertura de Paulo Machado combina picanha de sol, pesto de erva mate, mozzarella de búfala, molho de tomate e tomatinhos coloridos (Rafael Facundo)
A Pizza com a Cara do Brasil
Para celebrar os 25 anos da Baco, os mais talentosos e renomados chefs do Brasil foram convidados a criar um sabor exclusivo de pizza. É o festival “A Pizza com a Cara do Brasil”.
A cada mês, dois chefs convidados apresentam suas receitas. Em março e abril, as pizzas foram criações de Alex Atala (D.O.M., SP), Rodrigo Oliveira (Mocotó, SP), Thiago Castanho (Remanso do Peixe, PA) e Saulo Jennings (Casa do Saulo PA). Em maio, tivemos as pizzas do mineiro Ivo Faria e de Janaína Torres (Casa do Porco e À Brasileira, SP) eleita a melhor chef mulher do mundo pelo ranking 50 Best Restaurants.
Gil Guimarães, chef e proprietário da Baco, conta que a ideia é mostrar a diversidade da gastronomia brasileira com base na pizza tradicional de Nápoles. “Temos sabores sertanejos, da Amazônia, do cerrado, do sul do país”, diz. “Todos diferentes entre si, mas todos com a identidade Baco.”
Os sabores do festival “A Pizza com a Cara do Brasil” estão disponíveis nas unidades da Baco da Asa Sul e da Asa Norte, além da Casa Baco do Casa Park.
Sobre a Baco
Economista, chef e padeiro formado na França, o mineiro Gil Guimarães abriu a Baco em 1999. No início, era apenas uma banca no Quituart –coletivo de restaurantes e bares no Lago Norte brasiliense.
A unidade da Asa Norte surgiu no ano seguinte e, em 2003, Gil inaugurou a Baco da Asa Sul. Foi nessa época que ele criou alguns sabores de pizza que se tornaram clássicos e nunca saíram do cardápio: gorgonzola com pera, shimeji com alho-poró e calabresa bêbada (flambada na cachaça), entre outros.
Então surgiu Nápoles na vida do chef mineiro. Gil se apaixonou pelo estilo napolitano de fazer pizza – aquele que deu origem a todos os outros – e o introduziu na Baco. Em 2012, a casa recebeu a certificação da AVPN (Associazione Verace Pizza Napoletana), selo de qualidade reconhecido no mundo inteiro. Foi uma das primeiras pizzarias no Brasil a satisfazer os rígidos critérios técnicos da associação napolitana.
Em seus 25 anos de trajetória, a Baco acumulou premiações. A revista Prazeres da Mesa a elegeu como a melhor pizza do Brasil por dois anos consecutivos. Em Brasília, ganhou 23 prêmios de melhor pizza, concedidos por publicações como Veja Brasília e revista Gula.
Gil Guimarães também é dono da Casa Baco, com unidades no shopping Casa Park e no Mané Mercado, centro gastronômico ao lado do estádio Mané Garrincha. Além de pizzas napolitanas, a Casa Baco oferece pratos autorais das culinárias italiana e brasileira, com ingredientes típicos do cerrado. Ainda em maio, Gil vai inaugurar em Lisboa a Sofi’, que leva para além-mar as delícias da pizza napolitana-brasiliense.
Para celebrar os 25 anos da Baco Pizzaria, Gil concebeu o festival “A Pizza Com a Cara do Brasil”, com receitas de chefs consagrados (dois a cada mês) como Alex Atala, Janaína Rueda Torres, Rodrigo Oliveira e Thiago Castanho.
A comemoração deve ter ainda uma festa com chefs na rua, prevista para agosto, um livro escrito em parceria com o jornalista Marcos Nogueira (autor da coluna Cozinha Bruta, na Folha de S.Paulo) e um documentário dirigido por Camila Sena, com fotografia de Rafael Facundo.