A equoterapia, prática terapêutica que utiliza cavalos para o tratamento de pessoas com deficiência física, mental e sensorial, tem se mostrado uma ferramenta eficaz na reabilitação de pacientes com dificuldade de mobilidade e condições neurológicas. No Distrito Federal, estudantes do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB) decidiram investigar e democratizar o acesso à equoterapia para a população. Como resultado, a pesquisa divulga ao público mapa com localização, preços e horários da terapia na região.
“O tratamento inclui suporte aos familiares dos pacientes, fortalecendo o aspecto psicológico de todos os envolvidos”, acrescenta Francislete Melo, professora de Medicina Veterinária do CEUB e orientadora da pesquisa.
Dividida em quatro eixos, a equoterapia é adaptada às necessidades dos pacientes: Hipoterapia, destinada aos mais debilitados que necessitam de suporte total com dois auxiliares; Educação e Reeducação, para aqueles com algum controle sobre o cavalo, exigindo menos assistência; Pré-esportivo, onde os praticantes conduzem o cavalo sozinhos e participam de exercícios de hipismo; e a Prática Esportiva Paraequestre, voltada para competidores aptos a participar de eventos como as Paraolimpíadas.
A partir de análise qualitativa da equoterapia nos últimos 10 anos, visitas técnicas à Associação Nacional de Equoterapia (ANDE) e entrevistas com equitadores, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, o estudo de Isabelle de Freitas, Beatriz Lins e Cavalcante, Ana Cecilia Penna e Lucas Queiroz aponta benefícios diversos para pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “O movimento tridimensional do cavalo, semelhante ao andar humano, proporciona estímulos que ajudam no equilíbrio, na força e na coordenação motora. Também constatamos melhorias na fala e na autoestima desse grupo de pacientes”, explica Isabelle.
Para viabilizar o acesso à equoterapia no DF, os estudantes criaram folder informativo que detalha os benefícios e mapeia as instituições que oferecem a terapia na região, incluindo datas, horários e valores por sessão. O material foi distribuído na Rede Sarah Kubitschek de Hospitais de Reabilitação em Brasília, centro público de referência nacional e internacional na recuperação de pacientes com traumas. A proposta é multiplicar a divulgação em outros espaços de saúde.
“Nosso objetivo foi informar as pessoas em reabilitação sobre a disponibilidade e os benefícios da equoterapia no DF. Acreditamos que com informação e acesso, podemos mudar a realidade de quem precisa desta terapia, especialmente aqueles em estado de vulnerabilidade social,” conclui o grupo de estudantes do CEUB.
SAIBA MAIS
Confira informações do mapa elaborado pelos alunos dos CEUB:
Quem pode fazer?
Pacientes em reabilitação após lesões ou cirurgias ortopédicas, pessoas em tratamento de paralisia cerebral, lesões na medula espinhal, distrofia muscular, pessoas com TEA, síndrome de Down e esclerose múltipla, e indivíduos com distúrbios psicológicos como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático podem se beneficiar de programas de tratamento especializados.
Quanto custa?
O custo médio no DF varia de R$ 150 a R$ 750 por sessão. Existem programas gratuitos (incluindo a equoterapia), a exemplo dos projetos da ANDE Brasil, visando a acessibilidade.
Onde fazer?
– Associação Nacional de Equoterapia
Residência Oficial da Granja do Torto, Área Especial S/N
(61) 3468-7092
– Espaço Equestre Escola de Equitação
SHI Trecho 3, Asa Sul
(61) 98257-4887
– Vila Equestre Equilíbrio
Rodovia DF 001, KM 26, Fazenda Piquet, Jardim Botânico, Brasília, DF
(61) 3367-5345
– Vida e Galope Equitação e Equoterapia
Núcleo Rural Sobradinho I
(61) 98481-6473
– Equitação e Equoterapia Joca
Centro Hípico de Gama, Córrego Crispim, Chácara 61, Gama, Brasília, DF
(61) 99981-0895
– Equoterapia Cris César
CAUBI – Riacho Fundo II
(61) 99918-2223