O sonho de todo atleta, tanto dos Jogos Olímpicos quanto dos Paralímpicos, que se iniciam no próximo dia 28 de agosto, é conquistar uma medalha. No entanto, nesta edição dos jogos Olímpicos Paris 2024, surgiram dúvidas sobre a autenticidade e a qualidade dos materiais utilizados nas peças, gerando uma repercussão entre esportistas e o público nas redes sociais.
A polêmica começou após relatos de atletas que enfrentaram problemas com suas medalhas. Um exemplo é do skatista Nyjah Huston, medalhista de bronze, que compartilhou sua conquista nas redes sociais e viu sua medalha apresentar sinais de oxidação em pouco tempo. Outro caso envolveu o brasileiro Isaquias Queiroz, cuja medalha trincou após cair acidentalmente. Esses incidentes levantaram questionamentos sobre a qualidade dos materiais no processo de fabricação das medalhas, e foi descoberto que a tão sonhada medalha de ouro não é, de fato, feita inteiramente de ouro.
“Com um peso de aproximadamente 530 gramas, a medalha de ouro de Paris contém apenas 6 gramas de ouro, enquanto o restante é composto majoritariamente por prata. Um detalhe curioso é que parte do material utilizado na fabricação dessa medalha veio da Torre Eiffel, com 18 gramas de ferro provenientes de um antigo elevador do famoso monumento”, conta Michel Arthaud, diretor e docente de Química da Plataforma Professor Ferretto.
Outro ponto que explica a fragilidade das medalhas é qual material que foi utilizado durante a sua fabricação, “Mesmo sendo símbolos de conquistas, as medalhas são feitas com ligas metálicas que, apesar de resistentes, podem ser frágeis a impactos e manuseio. Por exemplo a medalha de prata, a queda pode causar amassados ou trincas, especialmente nas bordas. Já a medalha de ouro, que é uma medalha de prata revestida por uma fina camada de ouro, pode sofrer danos superficiais facilmente, como arranhões, devido à delicadeza dessa película dourada. Esses fatores explicam por que as medalhas, embora valiosas, podem ser mais frágeis do que se imagina”, explica Arthaud.