Pesquisa realizada pela WIT Real Estate, braço especializado em desenvolvimento imobiliário da WIT – Wealth, Investments & Trust, Campinas (SP) encerrou o ano de 2023 com a menor taxa de vacância dos últimos 10 anos, atingindo 15,41%. No gráfico acima se pode verificar a análise comparativa durante o período de 10 anos, entre as cidades de Campinas e a de São Paulo, cidade com o maior estoque do Brasil. Essa taxa representa o total da área não locada de um empreendimento ou de um conjunto específico de imóveis. O Relatório do Mercado Corporativo Campinas analisou a evolução do mercado imobiliário corporativo da região, considerando desde a primeira pesquisa realizada durante a pandemia até o segundo trimestre de 2023. Apesar de uma queda na taxa de vacância ser esperada, a pandemia gerou um atraso nesse processo, conforme observado por Carlos Felipe Corsini, Head da WIT Real Estate. A pesquisa está disponível para acesso no link: https://lp.wit.com.br/wit-real-estate-indicadores
Segunda análise do mercado de Campinas (SP) desenvolvida pela WIT Real Estate, o Relatório do Mercado Corporativo Campinas apresenta um panorama do mercado corporativo de imóveis na cidade e considera nove regiões com imóveis classificados nas classes A+, A e B: Alphaville, Anhanguera, Parque Tecnológico, Cambuí/Nova Campinas, Rodovia D. Pedro I, Norte Sul, Guanabara, Aeroporto e Centro. O estoque total avaliado em 2023 é de 552.321m². Em 2020, eram 521.435m², ou seja, houve um aumento de 5,54%.
O estudo analisou o preço médio do metro quadrado de locação pedido em cada região. Também avaliou os bairros que mais valorizaram, o desempenho das regiões e o ciclo do mercado imobiliário corporativo. A quantidade de edifícios corporativos em Campinas (SP) aumentou 5,8%. De 68 edifícios em 2020 passaram para 72 em 2023.
Segundo a pesquisa, a menor taxa de vacância registrada anteriormente foi em 2014, com um percentual de 16,38%. Já em 2020, no auge da pandemia, a taxa manteve um registro de 21%. De acordo com Carlos Felipe Corsini, Head da WIT Real Estate, este é um momento bom para o investidor, já que os valores dos imóveis não estão altos para investir, devido ao mercado imobiliário corporativo estar em recuperação e tendo em vista que os juros ainda estão em patamares elevados, criando uma escassez de investidores no mercado. “Em 2020 foram registrados projetos na Nova Campinas e Norte Sul que vão ser entregues agora em 2024. Então a gente vê que o mercado já estava identificando que haveria uma recuperação, e de fato houve”.
Carlos Felipe Corsini, Head da WIT Real Estate, complementa que o momento é de recuperação. “O mercado imobiliário corporativo, assim como todos os outros mercados, é cíclico. Então, o momento em que nos encontramos é de recuperação já passando um momento em que o mercado estará em expansão, pois as taxas de vacância estão baixas”.
Durante o período de recessão, entre 2020 e 2021, o mercado enfrentou um aumento na vacância, indicando um desequilíbrio entre oferta e demanda. Isso levou a uma fase de estagnação, caracterizada por um elevado patamar de imóveis vagos, resultando na saída de capital do setor da construção, queda nos preços dos imóveis, assim como na renda e emprego.
Após esse período, o mercado entrou em um estágio de recuperação em 2023, marcado pela entrega dos projetos que foram planejados antes da pandemia. No momento, com os sinais de recuperação, os incorporadores começam a ter perspectiva de um mercado em ascensão e na retomada da atividade de construção. Este cenário de recuperação cria um ambiente propício para investidores, sugerindo que o momento atual oferece oportunidades interessantes para aqueles que estão considerando investir no mercado imobiliário.
Essa ascensão, conforme o ciclo do mercado corporativo, se manifestará no próximo estágio, que é a expansão. “Apesar de a pandemia ter causado um atraso no processo de recuperação, o mercado imobiliário demonstra estar se preparando e reagindo de maneira positiva para entrada de capital no setor, assim como uma continuidade na taxa de vacância baixa, que indicará um menor número de imóveis vagos”, compara Corsini.
Bairros que mais valorizaram
Das nove regiões pesquisadas no município, dois bairros tiveram uma taxa de vacância abaixo da média na cidade: Parque Tecnológico e Norte Sul. O especialista Carlos Felipe Corsini explica que o polo tecnológico tem ocupação específica. “Esta é uma ocupação muito específica, com empresas de tecnologia e com pouca oferta de imóveis destinados para este fim, sendo assim, pela pouca oferta eles conseguem trabalhar num valor um pouco maior”.
Acima da média de Campinas (SP) se encontraram quatro bairros: Alphaville, Guanabara, Aeroporto e Centro. Já o Cambuí, Dom Pedro e Anhanguera se mantiveram bem próximos da média. Por exemplo, no caso do Cambuí, a sua vacância diminuiu 2%.
“O mercado está olhando para as outras regiões de Campinas (SP), como os bairros Nova Campinas e Guanabara. O Guanabara se mantém na média, seja em ocupação, em valor e localização estratégica,” comenta Carlos Felipe Corsini, Head da WIT Real Estate, ao evidenciar sobre o Guanabara, que tradicionalmente é um polo comercial específico, comparando-o com bairros mais caros de Campinas (SP).
O que esperar para os próximos anos?
O Relatório do Mercado Corporativo Campinas aponta uma tendência de queda na taxa de vacância campineira, então nenhuma mudança drástica é visível para os períodos mais próximos. Isso porque, segundo Corsini, como houve três anos de atraso no mercado e ele está começando a crescer agora em um período de recuperação, ele colabora para essa tendência positiva, sem gerar preocupações no momento. “O mercado corporativo está muito ligado ao cenário econômico, então qualquer impacto que tenha em relação aos juros é uma crise no cenário econômico interno no Brasil ou fora, porque isso impacta na situação das empresas e elas não se sentem confortáveis em expandir. Por isso, é importante atenção para a economia do país”, finaliza Carlos Corsini, head da WIT Real Estate.