Neste sábado, dia 23, o Presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Dr. Vivaldo Barbosa compareceu no Encontro do PTB em Campinas realizado no Sindicato dos Frentistas. O encontro foi coordenado pelo Ex-Deputado Federal e Ex-Prefeito de Campinas, Dr. Hélio de Oliveira Santos e pelo Presidente do Sindicato, Francisco Soares de Souza.
Vivaldo eo Presidente do PTB em São Paulo, Tarcísio Tadeu falaram sobre o PTB e o Trabalhismo.
Cerca de 100 pessoas estiveram presente, sindicalista, lideranças comunitárias e outras, a se destacar. LUIZ ARRAES, Presidente da Federação dos Frentistas de São Paulo, que reúne mais de 100 mil integrantes “Foi um extraordinário acontecimento na refundação do PTB”, disse Vivaldo.
No final do encontro, Dr. Hélio leu a CARTA DE CAMPINAS, de sua elaboração, que foi aplaudida e assinada por todos presentes.
CARTA DE CAMPINAS
A refundação do PTB – Partido Trabalhista Brasileiro se dá no momento atual em que o trabalhador, o aposentado e pensionista, sentem- se ameaçados por perdas salariais e correção do salário mínimo aquém do necessário para sobrevivência.
Urge a libertação do Trabalhador de carga horária incompatível com a sua necessária preparação e reciclagem para o novo mundo do trabalho, manutenção da saúde mental e melhor qualidade de vida, usufruindo de espaços culturais e de lazer.
Na atual conjuntura brasileira, o PTB deve assumir a defesa do povo e garantia do trabalho, principalmente aos mais humildes.
Denunciar a campanha subterrânea de grupos nacionais aliados à grupos internacionais e Mídia, revoltados com o regime de garantia do trabalho.
São contra a justa revisão do salário mínimo, flexibilidade e diminuição do regime de trabalho.
– Não querem que o trabalhador seja livre!
O Governo atual herdou uma espiral inflacionária que destruiu os valores do trabalho. Os lucros de bancos e das empresas se acumularam.
Os latifundiários temem a Reforma Agrária, os estrangeiros planejam e coordenam ações de privatização de nossas riquezas naturais, minérios, petróleo, Correios, água e saneamento. Os empresários e bancos são contra leis fiscais que visem acabar com isenções fiscais e espoliação por empresas multi ou transnacionais.
Países como os EUA, são contra o intercâmbio comercial e industrial com países do oriente como a China, os asiáticos e os do leste europeu.
O Congresso foi contra a taxação de fortunas e a favor de isenção fiscal à grandes empresas, incluída a Mídia. Grupos econômicos predadores, são contra a potencialização de nossas riquezas.
– Não querem que o povo brasileiro seja independente!
O poder econômico nacional e transnacional, interferem no Congresso, impedindo imposto justo de grande fortuna, capaz de diminuir a carga fiscal para os pobres e classe média e com isso, combate emergencial à pobreza e miséria, pós pandemia.
– Urge o retorno do PTB, um partido nacional, popular e democrático.
Partidos e Instituições Conservadoras erguem- se contra movimentos dos trabalhadores e nós do partido trabalhista estaremos juntos – A despeito das diferenças conceituais e de ação – Com os segmentos da Comunidade e demais partidos políticos, em prol da Democracia.
Vamos cobrar de entidades civis como a OAB, Instituições religiosas de diversas denominações, sem discriminação de fé como exigência constitucional do Estado laico, a defesa das necessidades trabalhista, contra a espoliação do nosso povo, garantia na vida política do País nos sindicatos, associações, movimentos da comunidade, com destaque nos movimentos estudantis e organizações profissionais.
– A experiência histórica do PTB desde Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola nos obriga à participação ativa nas organizações populares e nas representações dos Poderes de Estado.
Há necessidade de assumirmos a responsabilidade que exige o Séc XXI, de nos voltarmos, neste momento histórico, à prevenção e combate aos agravos ambientais diante da ameaça potencial e maiores riscos aos pobres, oprimidos e marginalizados.
Um olhar prioritário para trabalhadores em momentâneo desemprego e na informalidade, para quem a tarefa da reconstrução de um Partido Popular, Nacional e Democrático de verdade
– O PTB – deve se impor, indo ao encontro do povo organizado e nos somar às iniciativas de líderes identificados com a causa popular, em aliança com outras forças democráticas e progressistas do nosso País.
Nós, Trabalhistas, militaremos ativamente em todas as frentes, porque o nosso projeto é pluralista. Acreditamos que através do amplo debate, poderemos encontrar o nosso caminho para a construção no Brasil de uma sociedade socializada, igualitária, fraterna, solidária e com o espírito da tolerância, em ambiente de Democracia e Liberdade.
Consideramos como requisito prévio e fundamental no campo do pensamento e da cultura, a conquista da plena liberdade de criação intelectual, liberdade de expressão e regulamentação da Mídia.
O grande desafio Trabalhista hoje, é pertencer ao quadro político brasileiro e desempenharmos nosso pleno direito, às eleições de 2026.
O Brasil democrático que queremos é o Republicano. Sob forma federativa e com descentralização do poder, em atenção à vontade popular.
A República que aspiramos há de se defender contra todo intento de “golpismo”, contra toda e qualquer manifestação de repressão, abuso de autoridade e arbítrio por parte de agentes públicos e da justiça partidarizada, responsáveis por perseguição política ou LawFare.
– É o Povo vivendo sem medo e fome de Justiça!
Outro compromisso é o de erguer as bandeiras do Trabalhismo, da liberdade sindical e do direito de greve, instrumento fundamental de luta de todos os que dependem do salário para viver.
É dever também dos Trabalhistas lutar contra a brutal concentração de renda que responde inclusive pelo achatamento dos salários, fixados em índices sempre inferiores ao aumento das taxas reais do custo de vida.
Uma preocupação primordial dos Trabalhistas é a elaboração de leis que recuperem perdas advindas da recente reforma trabalhista e que permitam a ampliação constante do direito dos trabalhadores.
Reverter todas diretrizes de política econômica, em lugar do primado do lucro, dando prioridade às necessidades vitais do povo à alimentação, saúde, moradia e educação.
O resultado da orientação economicista até agora vigente, é a super prosperidade dos bancos e empresas – especialmente as estrangeiras – e o empobrecimento do povo brasileiro. Marginalizados, vivem em condições extremas de carência alimentar tendo sua sobrevivência e saúde mental afetadas, em especial os povos originários do Brasil.
Nós Trabalhistas, buscaremos dar prioridade ao problema maior, a marginalidade. É desumana uma política econômica que nega a aspiração de pleno emprego e se satisfaz com ganho de (01) um salário-mínimo para a sobrevivência do trabalhador. É o drama social das massas marginalizadas, que humilha e envergonha a Nação Brasileira.
A Criança e a Educação em tempo Integral – CIEP’s, incluída a pré- escola Naves Mãe com Profissionalização das mães, projetos pioneiros do trabalhismo.
São milhões de crianças, jovens e famílias abandonadas e famintas pelas ruas e “periferias”, muitas condenadas ao analfabetismo e atraídas à delinqüência juvenil.
Lutaremos por justiça e reparação aos negros e povos originários, explorados e vítimas de discriminação étnica.
A mais séria atenção às reivindicações da mulher brasileira, que jamais se viu reconhecida e equiparado seus direitos de cidadã e trabalhadora. Em geral, vítima da exploração pela dupla jornada de trabalho, vítima da misoginia, violência doméstica, desprotegida pelo Estado e vítima de feminicídio, extensivo à Comunidade LGBTQiA+
Um olhar atual para a causa da classe trabalhadora ameaçada pelas novas tecnologias que desempregam, sem a respectiva reciclagem e reabsorção em novo mercado de trabalho humanizado; e a inteligência artificial que segrega e o torna um ‘trabalhador invisível’ na economia de exclusão.
No plano da ação política, duas tarefas se impõem com a maior urgência, a todos os Trabalhistas:
– A proposta da refundação do Partido Trabalhista será discutida pelo nosso povo e formulada em todo território Nacional.
Terá que levar em conta a necessidade de um partido que expresse os anseios e seja dirigido por representantes das classes populares.
A nova proposta começa com a repulsa àqueles que vêem no ressurgimento do PTB, uma sigla de fácil curso eleitoral.
A nossa proposta tem um sentido claro de opção pelos oprimidos e marginalizados. Neste particular, o Brasil marcado por um capitalismo impiedoso, impõe-se a nossa defesa constante dos pobres contra ricos, ao lado dos oprimidos e contra a ganância dos poderosos.
O povo como sujeito e criador do seu próprio futuro, o caráter coletivo comunitário e não individualista da visão Trabalhista.
No 1o encontro de Campinas, recolheremos, através de nossas bases, novas aspirações, sugestões, conceitos e ações, extraídas da vontade popular, sob a inspiração da Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas, do Presidente Jango e os ensinamentos do Governador Leonel de Moura Brizola.
Dr Hélio de Oliveira Santos – Coordenador do 1o Encontro PTB – Campinas.