As questões de matemática no Exame Nacional do Ensino Médio e nas provas dos vestibulares pelo país são o pesadelo de muitos estudantes, mas, para Henrique Pedra, aluno do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Belo Horizonte, que gabaritou o quesito no último ENEM, a matéria se tornou uma aliada para conquistar uma vaga no curso desejado. O caminho não foi rápido, mas ficou muito mais interessante quando o jovem parou de revisar conteúdos e decidiu se aventurar nos números.
“Minha preparação para o ENEM começou ainda nos anos do ensino fundamental. Comecei a estudar diversos conteúdos de matemática por conta própria, além daqueles propostos pela escola. Sem perceber, toda a minha ânsia por buscar conhecimentos matemáticos me levou a estudar de uma maneira diferente dos outros alunos”, comenta o estudante, que aguarda a nota do SISU para saber se conseguirá uma vaga no curso de Ciência da Computação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Como foi a preparação
O jovem conta que sempre tirou boas notas em matemática, mas foi durante a pandemia que se interessou em aprender a programar jogos e inteligências artificiais, mesmo que rudimentares. O novo hobby o levou a se aprofundar em outros assuntos da matemática, algo que já fazia naturalmente desde o ensino fundamental e que acabou sendo crucial para alcançar 961,9 no ENEM.
“Essa bagagem, embora não fosse exigida no ENEM, me ajudou a fazer a prova com muita tranquilidade. Eu dominava profundamente os assuntos mais básicos e cobrados no exame, pois eles são a base de matérias mais avançadas. No terceiro ano, eu não passava horas lendo e relendo o mesmo conteúdo de matemática. Sempre buscava algo novo para aprender”, destaca.
Henrique, foi ainda um dos idealizadores do grupo de matemática avançada Quasar que era orientado por um professor do Colégio Sagrado. Nele, os alunos se reuniam para resolver desafios matemáticos, assim como questões de astronomia e raciocínio.
Além das listas de exercícios propostas pela escola, o Colégio Sagrado Coração de Jesus também estudava questões de outros vestibulares, como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Agora, assim como qualquer estudante, o recém-formado no Ensino Médio aguarda a lista de aprovados do curso que almeja. “Estou confiante, mas mesmo que esse sonho não se realize, sou grato pela minha nota. Ela reflete quem eu sou e todo o meu esforço”, finaliza.
